Ricardo Bueno, ex-Dominó morre de infecção de origem dental

O cantor Ricardo Bueno atuou na banda Dominó nos anos 90 (Foto: Reprodução/Facebook/Ricardo Bueno)

Quem tem mais de 30 anos provavelmente se lembra ou pelo menos ouviu falar da Boy Band “Dominó” que foi sucesso entre as garotas nos anos 90.

Infelizmente, nesta semana , o nome da banda voltou a ser notícia, em função da morte do cantor Ricardo Phalamesca, mais conhecido como Ricardo Bueno, que integrou a banda em 1995.

Ricardo morreu  quinta-feira (16/11/17) em São Paul e  foi sepultado no Cemitério Vila Formosa.

Ricardo foi internado no dia 7/11 com um problema odontológico, no Hospital Municipal Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da capital paulista. Tinha apenas 40 anos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o cantor morreu em consequência de septicemia (infecção) e abcesso odontogênico.

Ricardo atuou na segunda formação do Dominó, em 1995.

Atualmente ele  fazia dupla sertaneja com o amigo de infância Wander Ávila.

Mas o que é Sepse?

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção.

A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue.

Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.

Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo.

Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção.

Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos orgãos do paciente.

Por isso, o paciente pode não suportar e vir a falecer.

Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.

É responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil.

Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer.

Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%.

Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina.

A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado.

Isto é devido a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe médica.

Quais os sintomas?

A maioria das pessoas tem febre, mas algumas apresentam baixa temperatura corporal.

As pessoas podem ter calafrios e se sentir fracas.

Outros sintomas podem estar presentes dependendo do tipo e do local da infecção inicial.

A frequência respiratória, cardíaca ou ambas podem ser rápidas.

À medida que a sepse piora, as pessoas ficam confusas e menos alertas.

A pele pode estar quente e enrubescida.

O pulso é rápido e forte e as pessoas respiram rapidamente.

As pessoas urinam com menos frequência e em quantidades menores, e a pressão arterial diminui.

Mais tarde, a temperatura corporal frequentemente cai abaixo do normal e a respiração fica muito difícil.

A pele pode ficar fria, pálida e manchada ou azulada por causa do fluxo sanguíneo reduzido.

O fluxo sanguíneo reduzido pode causar a morte de tecidos, incluindo tecidos em órgãos vitais (como o intestino), resultando em gangrena.

Quando se desenvolve choque séptico, a pressão arterial é baixa apesar do tratamento. Algumas pessoas morrem.

Qual o Prognóstico?

Sem tratamento, a maioria das pessoas com choque séptico morre.

Mesmo com tratamento, há um risco significativo de morte.

Em média, cerca de 30 a 40% das pessoas com choque séptico morre.

No entanto, o risco de morte varia consideravelmente, dependendo de muitos fatores, incluindo a rapidez com que as pessoas são tratadas, o tipo de bactérias envolvidas (principalmente se as bactérias forem resistentes a antibióticos) e do estado de saúde subjacente do paciente.

Qual o tratamento?

Antibióticos

Líquidos intravenosos

Oxigênio

Retirada da fonte de infecção

Os médicos tratam imediatamente a sepse, sepse grave e o choque séptico com antibióticos, por que não podem esperar os resultados dos testes para confirmar o diagnóstico, pois um atraso no tratamento com antibióticos diminui enormemente as chances de sobrevida.

O tratamento é feito em um hospital. Pessoas com sintomas de sepse grave ou choque séptico são imediatamente internadas em uma unidade de terapia intensiva para tratamento.

Mas uma infecção dentária não tratada pode levar a morte?

Existem diversas bactérias vivem na nossa boca.
Elas são importantes, participam do início do processo de digestão dos alimentos, mas podem causar infecções se estivermos vulneráveis.
E se não for corretamente tratada, uma infecção no dente pode matar sim!!!