Cancer de boca
É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral.
Dentro da boca devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua).
Segundo dados do INCA:
O tipo de câncer mais prevalente na cavidade bucal é o carcinoma espino-celular (CEC) representando aproximadamente 95% de todas as neoplasias malignas do complexo maxilo-mandibular.
A estimativa da incidência de casos novos de câncer bucal (CEC) , coloca o carcinoma bucal (CEC) numa posição de destaque tanto no sexo masculino, como no sexo feminino.
- O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior.
- Estimativa de novos casos: 14.170, sendo 9.990 homens e 4.180 mulheres (2012)
- Número de mortes: 4.891, sendo 3.882 homens e 1.009 mulheres (2010)
Além disso, no Brasil infelizmente os casos são diagnosticados tardiamente, quando o prognóstico é pior e a chances de cura tornam-se mais difícil. Estima-se que cerca de 75% dos casos de câncer bucal sejam diagnosticados em fases avançadas, dificultando o prognóstico
Prevenção
O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos.
Os fatores de risco mais conhecidos para este tipo de câncer são:
- – Tabaco : de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com o consumo. Ou seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver câncer de boca.
- – Etilismo : o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca.
- – Vírus HPV : Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. E fazer sexo oral sem camisinha é uma forma de contagio.
- – Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios.
- –Falta de higiene ou má higiene bucal, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente
- -Dieta alimentar e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras.
- Evitar traumas crônicos: muitas vezes associados a proteses antigas e mal adaptadas. recomenda-se trocar pontes moveis e dentaduras no máximo a cada 5 anos
Sintomas
Os principais sinais que devem ser observados são:
- lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias
- manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha)
- nódulos (caroços) no pescoço
- rouquidão persistente
Nos casos mais avançados observa-se:
- – Dificuldade de mastigação e de engolir
- – Dificuldade na fala
- – Sensação de que há algo preso na garganta
Detecção precoce
Diante de alguma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias deve-se procurar um profissional de saúde (médico ou dentista) para a realização do exame completo da boca.
A visita periódica ao dentista favorece o diagnóstico precoce do câncer de boca, porque é possível identificar lesões suspeitas.
Pessoas com maior risco para desenvolver câncer de boca (fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas) devem ter cuidado redobrado.
Tratamento
Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura.
Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia.
Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada.
As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento.
As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.
Autoexame
Em relação à detecção precoce, é imprescindível estar atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta.
Lesões que não cicatrizam após 15 dias devem ser investigadas por um profissional de saúde.
Segundo o INCA, não há evidências científicas de que o autoexame seja efetivo como medida preventiva contra o câncer de boca.
Por que , a população em geral tem dificuldade em diferenciar lesões potencialmente malignas de áreas anatômicas normais.
Assim, corre o risco de negligenciar as lesões potencialmente perigosas, que pode levar ao diagnóstico tardio da doença.
Mas, de qualquer forma pode ajudar a identificar algo diferente na boca, alguma ferida que não cicatriza dentro de 15 dias… e se isto acontecer procure imediatamente um médico ou de preferencia um dentista
A população em geral tem dificuldade em diferenciar lesões potencialmente malignas de áreas anatômicas normais.
Assim, corre o risco de negligenciar as lesões potencialmente perigosas, que pode levar ao diagnóstico tardio da doença.
Pode o sexo oral contribuir para o aparecimento do câncer de boca?
Sim, sabendo que o HPV é um habitante freqüente das mucosas genitais como já se disse e que sua transmissão na boca ocorre também através de sexo oral, o risco em se adquirir o HPV por essa via é um fato real.
Assim, a possibilidade posterior em desenvolver o CEC, é também real.
Não se deseja com isso, interferir ou amedrontar as atividades sexuais e prazerosas entre pessoas.
Mas é inegável que a cumplicidade, prevenção, conhecimento sobre a doença e acima de tudo fidelidade entre os parceiros é fundamental.
Quanto maior a promiscuidade, maior e a chances de infecção pelo HPV.
Portanto, as relações sexuais devem e podem ser realizadas de forma destemida, desde que algumas condições sejam relevadas, como por exemplo a prevenção
Em época de AIDS e outras DST, todo cuidado deve ser redobrado. USE CAMISINHA SEMPRE!!!
Você sabia que:
A principal via de transmissão do HPV é a sexual, tanto em homens quanto em mulheres.
O HPV (Papilomavírus humano) é o principal agente causador do câncer de colo de útero, estando presente em mais de 95% dos casos e que as mucosas do colo do útero e da cavidade bucal.
Existe ainda a possibilidade menos comum de transmissão por outras vias como a sanguínea, pelo canal do parto, pelo beijo e até por objetos contaminados ou vomites. Estima-se que de 10 a 40% da população sexualmente ativa são infectados por um ou mais subtipos de HPV, sendo que a maior parte destas lesões é transitória, ou seja, o sistema imunológico, produz anticorpos capazes de inibir a ação do vírus.
A infecção pelo HPV é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) mais prevalente na população adulta, sendo inegável sua íntima relação com o aparecimento das neoplasias cervicais, pois segundo alguns autores pode estar presente em até 100% das pacientes portadores de câncer de colo de útero.
Na cavidade bucal, o papilomavírus está associado principalmente ao papiloma (tumor benigno de aspecto de “couve-flor”) e mais raramente à presença de verrugas vulgares e condiloma acuminado.
Lesões de HPV (papiloma vírus)